22 de ago. de 2014
Para toda a Eternidade
Meu nome é Isabella e tenho 15 anos, venho através desta carta contar a coisa mais estranha e assustadora que já me ocorreu. Eram 7 horas da manhã, o despertador tocava escandalosamente, acordei bêbada de tanto sono, e observei por minutos o meu despertador até cair de vez no sono. Minha mãe, notando minha demorada e preocupada com meu atraso, veio até meu quarto saber o motivo. Tentou tanto me acordar que desistiu, furiosa deixou um recado dizendo que seria castigada, mas não dei muita atenção.
Então sonhei, com algo estranho. Um garoto, de roupas antigas, cabelo loiro com corte militar e olhos verdes escuros, estava me observado pela janela. Aparentava ter minha idade, mas seus olhos eram tristes e alarmantes. Num gesto rápido e delicado o garoto me estende a mão, como um convite para o seguir. Não sei como, nem porque, mas o segui. Descemos a minha rua inteira até ele me levar a uma rua deserta, a qual nunca tinha notado.
Paramos na frente de um grande portão de ferro, com uma placa em cima escrito "Cemitério das Almas". O garoto, que até agora não havia me olhado, se vira e me da um relógio de bolso antigo, escrito uma frase dentro "Para toda a Eternidade". Me conduzindo até o túmulo, levo minha mão e limpo a lápide a minha frente, empoeirada e antiga. Quando olho a foto é o garoto, com as mesmas roupas antigas , só que na foto estava sorrindo. Procuro o garoto em volta e não vejo mais.
Acordo suando e assustada, noto que está ventado mais que o normal, e então fecho minha janela. A noite, volto a ter o mesmo sonho, e acordo do mesmo jeito suando e com cede. Pego um copo d'água e volto a dormir. Na manhã seguinte, decido fazer o trajeto do meu sonho, antes da aula , por isso levanto mais cedo que o normal. Sem fazer barulho saio de casa, para não acordar minha mãe.
Faço o mesmo trajeto do sonho, andando pela minha rua, indo a tal rua estranha, e chego ao cemitério. Fico na duvida se entrava ou não, mas acabo entrando. Vou ao túmulo do sonho e vejo a mesma foto,do garoto dos meus sonhos. Só que agora noto o nome e a data que lá havia: " Bruno Garcia, 1886-1901". Ler aquilo me deu uma sensação estranha de medo e agonia. Corro para fora dali e noto que estou atrasada para escola.
Chego na escola e falo com minhas amigas, e corro imediatamente para meu lugar, a professora entra e logo em seguida atrás dela entra um garoto, mas não vejo quem é. Então a ela diz: "Atenção alunos, temos um garoto novo vindo do interior, chama-se Bruno Garcia , vamos dar boas vindas a ele".
Quando vejo o garoto, minha respiração para, fico gelada, chocada e apavorada. Garoto loiro, olhos verdes escuros, roupas estranhas, cabelo com corte militar. Ele me observa dando um pequeno riso e falando no meu ouvido ao passar: "olhe no seu bolso" . Tremula e espantada, reúno forças para me mexer quando tiro do bolso o relógio antigo. Quando realmente meu sangue gela, é quando percebo a mesma frase: "Para toda a Eternidade", só que agora com a minha foto junto ao garoto. E tudo que vem a seguir é a escuridão...
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