A história que vou contar agora me foi contada pela minha querida e falecida avó, quando eu ainda era criança. Segundo ela, este causo aconteceu em sua infância, com um vizinho seu.
Havia um garoto rico e bonito, em uma pequena vila do interior, que passava horas em frente ao espelho penteando seus lindos e sedosos cabelos. Em um desses dias, logo após terminar o banho, assim que terminara de secar-se, olhou fixamente para seu reflexo e pensou em como era bonito. Fez pose. Passou a mão entre os cabelos. E brincou:
- Espelho, espelho meu, existe alguém mais belo do que eu?
Ouviu um sussurro. Quase um chiado.
- Mamãe? A senhora falou comigo? – disse.
- Não querido. Não disse nada. E sai logo daí que já está esfriando.
- Sim senhora.
Ouviu novamente o sussurro. Dessa vez mais alto. Mais próximo.
- Aqui.
Teve a impressão de que o sussurro vinha de trás do espelho. Retirou da parede e procurou por algum buraco. Seu primo sempre pregavam-lhe peças.
-Mãe! O Luisinho está aí?
- Não querido. Saia logo e pare de brincadeiras. Seu pai quer usar o banheiro.
Abriu a porta do banheiro e quando ia sair ouviu novamente a voz. Olhou novamente para o espelho. Apenas seus reflexo embaçado pela fumaça do chuveiro.
- Aqui. Aqui.
Aproximou-se do espelho de modo que tocou seu nariz no vidro, esperando ouvir o sussurro novamente. Nada. Quando ameaçou sair, viu seu reflexo piscar o olho, mas ele mesmo não havia piscado. Seu corpo gelou. Continuou olhando. Um sorriso parecia formar-se no rosto do reflexo. Mas ele não sorria. Petrificado pensou em gritar. Não teve forças. Uma expressão maligna surgiu em sua frente e o vidro já não oferecia resistência à ponta de seu nariz. O espelho tornou-se uma espécie de líquido viscoso e hipnotizado, o garoto foi puxado para dentro dele.
- Bem-vindo ao meu mundo!
O lugar era todo escuro. Parecia haver luz apenas sobre a esguia figura pálida à sua frente. Caído no chão frio e paralisado, viu o estranho e diabólico ser aproximar-se e tocar seu corpo nu com seus dedos magros e quentes. Sua unha, suja e pontiaguda, riscou seu rosto de alto a baixo, sentiu seu sangue escorrer.
- Tão bonito. - disse seu sombrio anfitrião lambendo seus dedos ensanguentados.
Subitamente acordou no chão do banheiro de sua casa. Sua mãe rezava com o espelho quebrado em suas mãos. Ela vira o menino ser sugado para dentro do espelho e desesperadamente apelou para sua fé. Funcionou. O garoto aprendeu uma lição e contou para todos seus amigos: há um demônio vivendo dentro do espelho, ele te observa e se alimenta de sua vaidade.
Ouviu novamente o sussurro. Dessa vez mais alto. Mais próximo.
- Aqui.
Teve a impressão de que o sussurro vinha de trás do espelho. Retirou da parede e procurou por algum buraco. Seu primo sempre pregavam-lhe peças.
-Mãe! O Luisinho está aí?
- Não querido. Saia logo e pare de brincadeiras. Seu pai quer usar o banheiro.
Abriu a porta do banheiro e quando ia sair ouviu novamente a voz. Olhou novamente para o espelho. Apenas seus reflexo embaçado pela fumaça do chuveiro.
- Aqui. Aqui.
Aproximou-se do espelho de modo que tocou seu nariz no vidro, esperando ouvir o sussurro novamente. Nada. Quando ameaçou sair, viu seu reflexo piscar o olho, mas ele mesmo não havia piscado. Seu corpo gelou. Continuou olhando. Um sorriso parecia formar-se no rosto do reflexo. Mas ele não sorria. Petrificado pensou em gritar. Não teve forças. Uma expressão maligna surgiu em sua frente e o vidro já não oferecia resistência à ponta de seu nariz. O espelho tornou-se uma espécie de líquido viscoso e hipnotizado, o garoto foi puxado para dentro dele.
- Bem-vindo ao meu mundo!
O lugar era todo escuro. Parecia haver luz apenas sobre a esguia figura pálida à sua frente. Caído no chão frio e paralisado, viu o estranho e diabólico ser aproximar-se e tocar seu corpo nu com seus dedos magros e quentes. Sua unha, suja e pontiaguda, riscou seu rosto de alto a baixo, sentiu seu sangue escorrer.
- Tão bonito. - disse seu sombrio anfitrião lambendo seus dedos ensanguentados.
Subitamente acordou no chão do banheiro de sua casa. Sua mãe rezava com o espelho quebrado em suas mãos. Ela vira o menino ser sugado para dentro do espelho e desesperadamente apelou para sua fé. Funcionou. O garoto aprendeu uma lição e contou para todos seus amigos: há um demônio vivendo dentro do espelho, ele te observa e se alimenta de sua vaidade.
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