Neste dia ela chegou mais cedo em casa, tomou seu banho, depois encaminhou até o quarto, olhou para a sua cama, e teve saudades dos bons momentos que teve com o seu marido. Chorou, queria o seu médico de volta, o amor e o carinho que não mais existia, apenas tinha restado desprezo e frieza, da janela do seu quarto, olhou para a lua cheia, bela e imponente em um céu estrelado, esperou por um bom tempo, mas o seu marido não apareceu e por fim acabou dormindo.
Augusto tinha outros planos para essa noite. Logo depois de uma cirurgia, o médico trocou de roupa e saiu em direção a um bar, onde lá chegando, começou a olhar para todos os lados como se fosse um caçador atrás de sua caça, ou melhor, de sua vítima. E não demorou muito para encontrar, na verdade um casal. Augusto esperou pacientemente, e passado algum tempo, o casal pediu a conta e saiu, sem perceber que estavam sendo seguidos pelo médico.
Augusto na sombra da noite, esperava o momento para atacar, a sanha assassina invadia o seu ser, o médico saía de cena, logo o monstro assumia o seu lugar. Ele segue o casal sorrateiramente até que a oportunidade aparece, ninguém por perto, esse é o momento. O monstro toma conta de Augusto, ele pula em cima do casal, mas o rapaz reage, e os dois entram em luta corporal. O rapaz é forte, no entanto, a fera demoníaca dentro de Augusto é tão incontrolável, que o pobre rapaz sucumbe.
Depois de assassinar o rapaz, Augusto se vira para a moça apavorada e totalmente imóvel, imobilizada pelo medo, sem saber o que fazer. O médico psicopata, sem um pingo de misericórdia, enfia-lhe a faca no peito e arranca o seu coração, logo em seguida a retalha, nada sobrou da pobre mulher. Não satisfeito, se vira novamente para o corpo do rapaz sem vida e também o mutila, despedaçando-o, uma cena dantesca. Passado o momento, Augusto retorna para a sua residência, onde adentra com cuidado para não acordar Cristina, toma um banho e se dirige para a cama, adormecendo rapidamente, como se nada tivesse acontecido.
O casal assassinado foi encontrado pelos policiais na manhã seguinte, deixando a cidade em polvorosa. A violência do ataque assusta as pessoas, e ao mesmo tempo elas se perguntam o porquê disso tudo. O medo se alastra entre todos, sem se falar que a polícia ainda não tem pistas. Indiferente a isso tudo, Augusto, logo depois de se levantar, começa a se arrumar para o trabalho, em seguida toma o seu café da manhã e se dirige para o hospital. Porém, Cristina já se levantou e antes que o marido saia, ela o interpela.
- Querido, precisamos conversar! - Disse a esposa de maneira apreensiva.
- Agora não Cristina, estou atrasado, tenho que trabalhar. - Respondeu Augusto, já irritado.
Ela insiste, os dois acabam discutindo, e ele dá um tapa no rosto dela. Sem acreditar que levou um tapa do homem que ela tanto ama, acaba caindo em prantos. Augusto a olha, por um segundo parecia que o ódio havia saído do seu corpo, mas em seguida vai embora, deixando-a arrasada.
Neste dia, Cristina não foi ao trabalho, o casamento está por um fio, mas por incrível que pareça ainda tinha esperança de salvá-lo. Com profunda tristeza, passa o dia inteiro na cama chorando e dormindo. A noite chega e Augusto não retorna, deixando a sua esposa sozinha mais uma vez. Apesar de magoada, ela passa a madrugada em claro, preocupada com o paradeiro de seu marido. Parecia um inferno que não tinha fim, o que a segurava em pé, era o amor que tinha pelo seu médico.
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