16 de abr. de 2015

A Maldição Que Cura - Capítulo II



Após se retirarem do local, Augusto comentou com sua noiva:

- Querida, temos que ir na farmácia mais próxima, caso contrário, o animal não resistirá.

O jantar tão esperado pelo casal, fez com que eles saíssem de casa totalmente desprevinidos. Rapidamente foram em direção ao estabelecimento que ficava logo na quadra seguinte e não demorou muito para a farmácia surgir. Augusto estaciona o automóvel, salta do carro e não perde tempo em retornar com os medicamentos.


De imediato, o casal assiste a pobre criatura, aliviando suas feridas de maneira tal que o animal parece agradecer o tratamento a ele dispensado. Depois do procedimento, saíram dali, sem saber que destino daria àquele animal. No meio do caminho, um imprevisto, o pneu do automóvel furou.


- Maldição! - Esbravejou Augusto!


- Tudo bem querido, vamos manter a calma. - Retrucou Cristina!


Augusto saiu do carro, e começou a trocar o pneu, nesse meio tempo, sua noiva tomava conta do animal, que por incrível que pareça já parecia reagir com a medicação, e não demorou para que Cristina começasse a se afeiçoar pela criatura, a moça não entendia que tipo de sentimento seria esse, aos poucos ela não via mais uma criatura à sua frente e sim um pobre ser que necessitava de socorro.

Não muito longe dali, dois homens avistaram o automóvel, no entanto, não eram homens bons, e sim bandidos que viram a oportunidade de agir. O que poderia ser melhor? Um homem trocando um pneu sozinho, em um lugar escuro e apenas uma mulher dentro de um carro.


- Fácil, muito fácil! - Comentou um bandido com o outro. Um era alto e forte, aparentando mais idade, o outro era baixo nem tão forte assim, mas nem por isso menos perigoso; na sombra da noite, eles começaram a se aproximar do casal. Dentro do veículo, Cristina sem imaginar do perigo, dava toda atenção à criatura, que por sua vez, retribuía com um olhar agradecido. Augusto, do lado de fora, estava quase terminando, sem saber que faltava pouco para ser atacado.


Quando acabou de trocar o pneu, todo satisfeito respondeu para a noiva:


- Amor, acabei, vamos sair daqui!


Ledo engano, mal se virou, um dos bandidos o rendeu, encostando um revólver em suas costas, enquanto o outro com uma faca toda prateada se dirigiu para o lado de Cristina. O bandido que rendeu Augusto, logo esbravejou:


- Fique longe do carro, ou eu te mato!


Augusto percebeu que seu carro seria roubado, mas ao mesmo tempo não tinha intenção de entregá-lo tão facilmente. Depois disso, o outro marginal, por sua vez, queria mais, não bastaria apenas o veículo, esse desalmado queria Cristina, ele a arrastou para fora do carro, o criminoso só via a moça à sua frente. Assim que foi arrastada, de maneira súbita, ela foi jogada na calçada violentamente e logo em seguida o canalha ficou por cima dela, imobilizando-a.


- Se gritar eu acabo com você! - Ameaçou o bandido.

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