16 de abr. de 2015

A Maldição de Cura - Capítulo III



Augusto se desespera, tenta reagir, mas leva uma coronhada na cabeça, de tal forma, que acaba caindo ao chão desacordado. O bandido, observa Augusto, e aponta a arma para ele, com a nítida intenção de matá-lo. Por outro lado, Cristina sofria o desespero de um iminente estupro; não havia ninguém para ajudá-los, tudo parecia perdido, quando de repente, a criatura que estava dentro do carro, ferida, ganha uma sobrevida, salta pela janela do veículo como um raio, em direção ao canalha que estava prestes a estuprar a moça, pulando em cima de seu pescoço, rasgando e estraçalhando a sua jugular. Apesar disso, pouco antes de morrer, o marginal ainda consegue ferir a criatura com sua faca prateada.


Mesmo ferida, ela se vira contra o outro marginal que estava com o médico. O bandido percebendo a situação, aponta a arma para o animal, porém, a fera é mais rápida e pula em cima dele, fincando seus dentes no peito da vítima de maneira implacável, em seguida, a criatura abre o tórax do bandido com os dentes e suas garras, trucidando a vítima por completo, os dois bandidos não tiveram a menor chance.


Nesse meio tempo, o médico acordou e viu a cena horrenda com sangue por todos os lados, sem hesitar, a criatura se virou e o encarou, com aquele olhar maligno de congelar a alma. Augusto tentou fugir, mas o monstro é ágil e rápido, saltou em suas costas e começou a feri-lo, o frenesi era total, o monstro queria sangue, não importava quem fosse, quando a morte era certa para Augusto, uma voz ecoou pela noite.


- Pare agora, ele não! - esbravejou Cristina.


A fera imediatamente olhou para a moça e todo aquele ódio começou a se dissipar, e a criatura imediatamente se afastou de seu noivo e o deixou em paz, para logo depois, cair mais adiante, agonizando, a ferida desta vez é mortal.


O casal traumatizado observou a fera caída e não tardou em terem a surpresa quando o animal começou uma transformação. Eles não podiam acreditar no que estavam vendo, a criatura começou a se transformar em humano diante de seus olhos, e o espanto foi maior ainda quando Cristina observou qual a pessoa que surgiu... seu irmão.


Seu irmão, que sua mãe comentou que tinha morrido quando criança, sendo que nesse tempo, Cristina e sua família moravam em outra cidade, em uma época marcada por muitas brigas, muitos desentendimentos envolvendo sua mãe e seu pai. Várias dúvidas surgiram em sua cabeça, por que ela a tinha enganado dessa maneira? Antes disso, porém, Cristina teria que socorrer seu noivo ferido, sem demora, o ajudou a levá-lo para o automóvel, logo após, arrastou o seu irmão morto até o veículo e sem pensar duas vezes, ligou o carro e saiu logo dali. Depois de se retirar, já distante, ela ouviu o som da sirene de uma viatura policial chegando ao local.


Enquanto dirigia, Cristina analisava a situação e pensava como uma noite que prometia ser perfeita, tivesse acabado dessa forma, o que mais poderia dar errado, pensava a moça.


- O que fazer com o corpo do meu irmão? - Indagou a moça preocupada.


Augusto de imediato sugeriu à sua noiva em enterrá-lo numa área desabitada, dito isto, o casal se dirigiu para fora da cidade e fizeram o que o médico tinha proposto, o doutor apesar de ferido ajudou sua noiva na tarefa e a consolou naquele momento terrível.

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